São José, Patrono Universal da Igreja

19 de março

Tudo o que sabemos sobre o marido de Maria e pai adotivo de Jesus vêm das Escrituras e isso tem parecido muito pouco para aqueles que criaram lendas sobre ele. Diz-se que casou-se com Maria aos 30 anos de idade e, por seu caráter, foi escolhido a dedo por Deus para guardar a virgindade de nossa mãezinha Maria. Diz-se também que morreu aos 60 anos de idade, antes do início da vida pública de seu Filho Jesus Cristo.

Sabemos que ele era um carpinteiro, um trabalhador, tanto que, em Nazaré, perguntaram em relação a Jesus, "Não é este o filho do carpinteiro?" (Mateus 13,55).

Ele não era rico, tanto que, quando ele levou Jesus ao Templo para ser circuncidado, e Maria para ser purificada, ele ofereceu o sacrifício de um par de rolas ou dois pombinhos, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro. (Lucas 2,24). Apesar de seu humilde trabalho e suas condições, José veio de uma linhagem real. Lucas e Mateus discordam um pouco em relação aos detalhes da genealogia de José, mas ambos marcam sua descendência a partir de Davi, o maior rei de Israel (Mateus 1,1-16 e Lucas 3,23-38). Realmente o anjo que primeiro conta a José sobre Jesus o saúda como "filho de Davi," um título real usado também para Jesus.

Sabemos que José foi um homem compassivo, carinhoso. Quando ele soube que Maria estava grávida após estarem para se casar, ele soube que a criança não era dele mas desconhecia, até então, que ela estava carregando o Filho de Deus. Ele planejou separar-se de Maria de acordo com a lei, mas temeu pela segurança e o sofrimento dela e do bebê. Ele sabia que mulheres acusadas de adultério poderiam ser apedrejadas até a morte, então ele decidiu deixá-la silenciosamente e não expor Maria a vergonha ou crueldade (Mateus 1,19-25).

Sabemos que José foi um homem de fé, obediente a tudo o que Deus pedisse a ele sem preocupar-se com os resultados.

Quando o anjo apareceu a José em um sonho e contou-lhe a verdade sobre a criança que Maria estava carregando, José imediatamente e sem questionar preocupar-se com fofocas, tomou-a como esposa. Quando o anjo reapareceu para dizer-lhe que sua família estava em perigo, ele imediatamente deixou tudo o que possuía, todos os seus parentes e amigos, e escapou para um país estranho, desconhecido, com sua jovem esposa e o bebê. Ele aguardou no Egito sem questionar até que o anjo disse a ele que já era seguro retornar (Mateus 2,13-23).

Sabemos que José amava Jesus. Sua única preocupação era com a segurança desta criança confiada a ele. Ele não apenas deixou seu lar para proteger Jesus mas na ocasião de seu retorno fixou residência na obscura cidade de Nazaré sem temer por sua vida. Quando Jesus ficou no Templo, José (junto com Maria) procurou por ele com grande ansiedade por três dias (Lucas 2,48).

Sabemos também que José tratava a Jesus como seu próprio filho tanto que as pessoas de Nazaré constantemente repetiam com relação a Jesus, "Não é este o filho de José?" (Lucas 4,22)

Nós sabemos que José respeitava e temia a Deus. Ele seguiu as Suas ordens ao lidar com a situação de Maria (mãe solteira em te-se) e ao ir a Jerusalém para Jesus ser circuncidado e Maria purificada após o nascimento de Jesus. Ele levava sua família a Jerusalém todo ano para a Páscoa, algo que não poderia ter sido fácil para um trabalhador. Já que José não aparece na vida pública de Jesus, em sua morte, ou ressurreição, muitos historiadores acreditam que José provavelmente havia morrido antes que Jesus iniciasse seu sacerdócio.

José é o patrono dos condenados à morte, porque presumindo-se que ele morreu antes da vida pública de Jesus, ele morreu com Jesus e Maria perto dele, da maneira como todos nós gostaríamos de partir desta terra. José é também o patrono universal da Igreja, dos pais, dos carpinteiros, e da justiça social.

Há muito que gostaríamos de saber sobre José - onde e quando nasceu, como passou sua vida, como e quando ele morreu. Mas as Escrituras nos deixou com o mais importante conhecimento: quem ele foi - "um homem honrado" (Mateus 1,18).

OREMOS COM SÃO JOSÉ

A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por este laço sagrado de caridade que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com seu Sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder.

Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança.

Amém.